Battle #3 - Um Amanhecer Promissor

Aya teria que ser mais rápida. Escapa por pouco de um soco, mas não tivera tanta sorte com uma joelhada.

- E vai ser você de novo!

Ela mirou no garoto no qual ela conseguira acertar seu primeiro soco. Ao invés de montar guarda e esperar, Aya aproveitou o espaço que conseguira para correr contra a maior distância que havia disponível; em direção ao garoto mirado. Ele com certeza ainda estaria um pouco desnorteado, já que seu soco pegara em cheio.

A garota explodiu numa curta corrida e saltou, como que para pular sobre ele, mas usou suas mãos para se apoiar na lateral do tronco do adversário, girando no ar, e desferindo um chute no arruaceiro mais próximo, cravando o bico do sapato na clavícula dele.
Enquanto ela fosse um alvo móvel, mais difícil seria de a cercarem novamente. Então, era hora de se tornar extremamente móvel.

Aya se aproveitou do impacto dos golpes para recuar. Sentia o gosto de sangue na boca e sua bochecha latejava. Com certeza, iria inchar. Novamente, se viu costas a costas com seus amigos, mas dessa vez, havia tempo. Tempo talvez suficiente para virar aquele jogo. Mas antes, havia algo que precisava saber.

- Hei! Você está bem? - ela se voltou para o garoto que viera ajudar. Ele parecia muito melhor, de pé e de punhos erguidos. Só de olhá-lo, Aya sentia seu peito queimar, e nada tinha a ver com os golpes que acabara de receber. Sorrindo para ele, ele limpou a boca com as costas da mão - O que acha de começarmos a virar esse jogo?

Quatro haviam caído, faltavam apenas sete, e Keiichi, que se afastara e apenas observava, mas Aya não havia se esquecido dele.

- Akira-chan, você gosta disse que gosta de atletismo certo? - Aya recuperou a informação em sua memória - O que acha de deixar esses grandões tontos? - Aya convidou. Ao reparar que um dos adversários se aproximava demais, Aya aproveitou para novamente se esconder atrás de Kakeru - Mori-senpai, desculpe por isso... Estarei contando com você!

Aya usaria as costas de Kakeru como um esconderijo, para que o oponente não soubesse de onde ela vinha. Aproveitaria a base do amigo para escalá-lo; primeiro a coxa, depois a cintura, e por fim, apoiar nos ombros de Mori, para girar por sobre o corpo, caindo montada sobre o oponente, para socá-lo ao memso tempo que o levava ao chão. Assim, ela terminaria abaixo da linha do quadril de um próximo, podendo se lançar à frente e quebrar o cerco.

tudo bem Aya-chan,façamos desta maneira então - o Nerd separou um pouco as pernas e fechou os punhos prosicionando-o próximo do rosto,enrijeceu a sua postura de modo facilitar a ação da pequena,com isso ela atacaria por cima e ele por baixo,faria um pêndulo e depois projetaria o braço esquerdo na altura do rim oponente

- este era hook -

 

Aya inspirou satisfeita, apenas para perceber que em breve estariam cercados novamente. Precisavam começar a nocautear aqueles caras logo, ou não teria energia suficiente para dar o troco em Keiichi.

Foi quando uma pressão fez a garota tapar os ouvidos rapidamente, se agachando num reflexo. Ao ver todos os seus adversários indo ao chão, ela soube que nunca fora alvo do que quer que houvesse desferido aquele ataque.


Aya procurou sobre o ombro para encontrar quem poderia desferir um golpe tão poderoso a ponto de derrotar todos aqueles oponentes de vez. Tão logo ela colocou o recém chegado em seu campo de visão, ela pode ouvir a pergunta.

- Vocês estão bem?

- Miyamoto-senpai! - Aya não escondeu sua surpresa. Não pela força do golpe; apesar de terem trocados poucas palavras, algo dizia para Aya que era normal pensar que ele conseguiria desferir tão golpe. Mas ela não imaginava que o veria por ali, ainda mais, entrando numa briga daquele tipo. E então, ela se lembrou que o senpai havia feito uma pergunta - Ah sim! Isso aqui não foi nada!


O que era uma mentira deslavada, já que o rosto dela estava vermelho, e começava a inchar por causa do chute que levara de Keiichi e do último golpe em sua bochecha. Por baixo de seu casaco, uma miríade de tons de roxo e marrom começava a despontar na forma de hematomas e carregar sua mochila seria decerto um incomodo. Mas, apesar de tudo, ela estava inexplicavelmente animada. Ao mesmo tempo, Kise se aproximava, também querendo saber o estado dos amigos.

- Kise-kun! Conseguiu chegar! Eu te perdi no meio daquela confusão mais cedo... Mas você está bem pelo visto. - ela sorriu para o amigo - E você...? - ela então se voltou ao garoto que ela inicialmente tentara socorrer - Tudo bem?

o nerd de rangeu os dentes, havia voltado a estaca zero. costa a costa para seus aliados, e cercados novamente.

isso não era bom!

o rosto aya já estava inchado,caso a atingissem do outro lado do rosto da garota, o inchaço dos olhos a impediria de enxergar os oponentes com clareza.

teria de correr contra o tempo.

pensar numa estratégia mais eficaz do que usar-se de escudo. preparava se para uma nova investida quando ouviu zumbido próximos ouvidos, queria virar a cabeça para visualizar o que estava acontecendo,mas foi muito rápido, a primeira coisa que conseguiu ver,foi um dos capangas caindo.

logo depois, outro, ainda ouvia o som do ar passando pelos seus ouvidos quando o terceiro caiu bem na sua frente. por fim quando seus olhos conseguiram localizar a origem daquele zumbido, tudo o que conseguiu ver foi a forma de uma capa preta e uma espada passando pelos seus olhos, novamente alguém havia interferido. seus punhos se fecharam 

e seus lábios contraíram...

até quando isso continuaria acontecendo? para terminar,Aya foi até o garoto do qual havia tentado ajudar, e youta perguntou se estava "tudo bem"

- Obrigado pela preocupação. Estou bem sim, mas não precisavam ter se metido em encrenca para me ajudar... Não quero causar mais problemas. Com licença.
Aya ergueu a mão; não havia sido um problema... Ela só havia achado injusto. Fez menção de ir atrás do garoto, mas seu primeiro passo vacilou. Aya podia jurar que vira algo no formato de suas costas; a postura dele... Ele não queria ser incomodado? A garota balançou a cabeça, afastando aquela sensação, e voltou a sorrir. Juntou os braços ao lado das coxas, e dobrou o corpo em 90°.

- Obrigada por hoje. - Aya ergueu a voz, mas sem gritar. Ela cumprimentou à moda dos dojos, com Kiai e formalidade - Espero poder lutar ao seu lado outro dia. - ao se erguer novamente, ainda sorria de forma determinada, apesar de todas as contusões.

- Seria melhor que vocês todos cuidassem destes ferimentos. Tem uma barraca do lado esquerdo do palco. Alguns paramédicos estão lá para o show e vocês podem cuidar destas feridas. Não se preocupem, ninguém mais vai incomodá-los, eu garanto.

Ela não se preocupou em esconder o susto ao ver Miyamoto-senpai surgir do lado dela de repente. Ou pelo menos, para Aya, fora de repente.

- Ah... sim... - ela balbuciou, olhando em volta, procurando os amigos.

Kise fora prontamente atacado por Akira-chan, que agora se apresentava por Speaker. Aya não pode deixar de rir. Será que também poderia chamá-la daquele jeito? Parecia legal! Enquanto pensava nisso, perdeu a oportunidade de se juntar aos dois, que já seguiam para a barraca de primeiros socorros, ao se virar em busca de Mori-kun, Aya viu que dessa vez, Miyamoto-senpai parecia lhe falar algo em particular. Esperou ter certeza de que não interromperia a conversa, antes de se aproximar. Chie já havia lhe repetido vezes o suficiente para evitar de se intrometer na conversa dos outros.

- Ah... Miyamoto-senpai. - ela chamou ainda a alguns passos de distância, quando julgou que os dois já tinham terminado de trocar o que pareciam ser poucas palavras - Obrigada, de novo. - ela agradeceu, como num dejá vu do dia anterior - Desculpe por estar causando problemas tão cedo na escola nova... - Aya coçou a cabeça, desconcertada. Não sabia muito bem por que devia se desculpar. Mas, agora que pensava no assunto, sua vontade de fazer o certo parecia ter criado problemas para todos ao redor dela.

*Enquanto voltava ao mérito do raciocínio, o veterano pousou uma de suas mãos em seu ombro, Kakeru virou-se, procurando prestar atenção em quem seria e já esperando um golpe, mas o que ouviu o surpreendeu mais ainda:*

[ Aeroporto de Tóquio – Quatro Horas Atrás dos Eventos na Tsuki ]

*Um ar de melancolia se abateu ao rapaz sul americano quando ele viu ainda pelas janelas do avião a famosa Terra do Sol Nascente. Um local de sonhos e realizações, com seu futuro pela frente. Mas o ar de melancolia se devia à saudade do solo pátrio e da família. Algo que Bento não iria sentir por muito tempo. Não por deixar de se importar, mas por ter muito que pensar nas próximas horas e até mesmo dias. Assim que o avião aterrissou e o boxeador pôde esticar as pernas, Bento se lembrou de que ele tinha que encontrar seu contato. Sim, alguém mais velho, uma pessoa que ficaria responsável por sua tutela no período em que estivesse no Japão. Uma pessoa que estava com uma plaquinha com seu nome nela. A mulher segurava na verdade duas plaquinhas desta, uma com o nome “Bento” escrito nela. E outra com o nome “Kaná”.

Bento poderia ir até ela direto, e talvez até fizesse isto, até se lembrar de que estava faminto. Ele poderia ir diretamente até seu contato ou quem sabe fazê-la esperar um pouco mais, enquanto fazia um rápido lanchinho antes de abordá-la.

Enquanto isso, o mexicano também chegou ao aeroporto de Tóquio. Tinha vindo no mesmo voo do garoto sul americano e até mesmo o visto, mas ainda não haviam trocado palavra. Kaná estava literalmente no mesmo barco que Bento, pois além de ter viajado juntos também estava com fome.

O caso de Kaná era um pouco diferente, contudo. Ele não sentia saudade de sua terra, ou pelo menos ela não era maior que sua ansiedade naquele momento. Ele já estivera naquele aeroporto uma vez, mas era muito criança para lembrar. Era quando seu avô ainda praticava, ainda lutava. Ele tinha vindo junto com seus pais para ver a luta de seu avô e saber que já tinha estado naquele lugar antes lhe confortava. Mesmo que não fosse possível, algo familiar no lugar lhe dava uma boa sensação.

Foi quando viu a moça com as duas placas, uma com o nome “Bento” e outra com o seu. Ela estava esperando há algum tempo, pelo visto, pois batia o pé com certa frequência, mas ainda parecia paciente. A lanchonete estava próxima, mas o que aquela mulher poderia querer com ele? Foi neste momento de indecisão que o olhar dos dois novamente se cruzou e ambos perceberam que compartilhavam a mesma dúvida. Era o momento de decidir o próximo passo.

[ Subúrbio de Tóquio – Distrito de Go -  Quatro horas atrás ]

Realmente, sua vida parecia ter mudado. Tanaka iria lhe pagar um salário, ele tinha alugado um apartamento no subúrbio e quase tinham dinheiro suficiente para passar o mês. Apesar da visita incômoda de Elephant, Alex tinha conseguido adormecer. Mas acordou sobressaltado com batidas aceleradas em sua porta. Alguém invadindo? Não, claro que não, se quisessem invadir não bateriam na porta.

Assim sendo, após abrir a porta, Alex se deparou com uma garotinha. Ela aparentava ter no máximo doze anos de idade. Claramente ela não era japonesa, seu traços também eram asiáticos, mas ela parecia vir de outro país. Alex arriscaria talvez China, pelos coques que ela usava.

*Alex não sabia o que achar mais estranho. Ouvir a criaturinha dizer que era professora, ou a voz com a qual ela tinha dito. O tom era maduro, como o de uma adulta, não lembrando em nada a voz esganiçada e frágil de uma criança. Ela então esperou a confirmação de que poderia entrar e caminhou até o sofá que Alex dormira momentos antes. E então, enquanto caminhava, recomeçou a falar:*

*A menina fez uma pausa e então, voltou seus olhos para Alex. Agora ela estava sentada olhando para ele e remexendo alguns portifólios como o que tinha entregado a ele. Foi quando ela suavizou o tom de voz e disse:*

*A garota continuou com um olhar fixo, esperando que ele se refizesse e falasse algo. Parecia paciente, mas ao mesmo tempo, mexia nos papéis em suas coxas com certa pressa.*

[ Tsuki no Misaki Gakuen  - Praça de Eventos – Tempo Presente ]

*Jin notou que todo o grupo se deslocava para uma barraca com uma cruz vermelha sobre ela. Deveria ser o local onde os médicos ficavam. Parecia ter matado dois coelhos com uma cajadada só. Mas tinha outra questão no momento. Ayumi não demorou a recobrar a consciência. Ela se ergueu, colocando a mão na testa e logo depois na parte de trás da cabeça, com uma expressão visível de incômodo, mas isto logo passou. Então, volveu seu corpo e cintura em direção ao punk. E então disse:*

*O tom de voz dela, embora formal, perdera a pomposidade. Agora ela parecia apenas uma garota assustada tentando parecer séria. E, na opinião de Jin, ela ficava melhor assim.*

*Speaker sorriu ao comentário de Kise, mas não se ofendeu. Ao contrário, o acompanhou enquanto ele a puxava, respondendo ao que lhe havia sido perguntado.*

*Speaker falava demais. Ela tinha dito tudo aquilo e eles não tinham avançado mais que cinco passos! Mas ela parecia ser uma boa pessoa. Ela então gesticulou, fazendo gesto para que Kakeru e Aya se juntassem a eles.

Aya neste momento se desculpava com Youta, logo após o misterioso garoto ter se afastado sem dizer mais nada. O samurai tinha acabado de falar com um aturdido Kakeru, e volvia sua atenção para a pequena neste momento.

O garoto samurai se curvou para a pequena garota e disse:*

*Apesar de sério, o tom de voz dele parecia ameno, como se realmente se preocupasse com a menina. Ele afagou os cabelos dela sem cuidado, em um gostoso carinho fraternal e se afastou, acenando para o grupo. Parecia estar tudo bem.

Mas Kakeru ainda refletia no que aquele convite para o terraço significaria. Mas mesmo que estivesse com medo, ele via a cena ao seu redor. E sentiu algo vindo do pátio aonde a briga tinha começado, justamente quando se perguntara sobre Akira. Era um calafrio, uma sensação de aperto no peito, algo como um pressentimento ruim ou uma sensação de peso nas costas. Aya, Kise e Jin pareciam bem, mas será que o chinês também estaria? O que fazer? Se juntar a todos e explicar-lhes o que sentira ou descobrir se o estrangeiro estava bem por conta?*

Demorou mais saiu! E temos carne nova no pedaço. Se comportem e não arranquem pedaços muito grandes ok. Sejam bem vindos Fox, Red e Kaná ao Kanji. Divirtam-se e lutem bastante. Ordem de postagem da semana, um pouco diferente do habitual.

Então, vamos lá! Eles vão ao encontro dos com mais sorte (Afinal isso é RPG e o que seria RPG sem sorte?)

*Bento desembarcou em solo japonês com uma prioridade, e ela não significava naquele momento encontrar um adulto. Ele precisava comer. Afinal, como dito em suas terras, “Saco vazio não para em pé”. Assim pensando, Bento dirigiu-se diretamente à praça de alimentação do local. Ele já tinha avistado o seu contato segurando uma placa com seu nome e outra com um nome esquisito, mas em termos de importância, seu estômago vinha primeiro.

Economizar era essencial para se manter durante algum tempo até conseguir trabalho, então optou por um Tenshoku simples, o que ele chamava em sua terra natal de “Prato Feito” ou simplesmente “Um bom P.F.”.

Enquanto comia, Bento notou que outra pessoa parecia partilhar de suas dúvidas iniciais. O rapaz não parecia japonês ou sequer asiático, parecia vir do continente americano, mas não do mesmo país que ele. O boxeador moveu sua cabeça em cumprimento ao estranho e então, decidiu fazer amizade:*

*Se aproximou rapidamente do desconhecido, exibindo um sorriso cordial em seus lábios e estendendo à mão em gesto de cumprimento, mandou a única frase que conhecia em espanhol:*

*E assim, ficou aguardando a resposta do outro estrangeiro, ainda com a mão direita estendida, enquanto a esquerda segurava a bandeja.*