Battle #2 - O Entardecer Sangrento

*Kise ainda boquiaberto olhando os baderneiros caídos.*

-Nossa isso foi demais moça, muito obrigado. Onde você aprendeu esses movimentos?Esse estilo não me parece estranho.

Ele começa a tentar reproduzir os golpes (em escala reduzida como se fosse tentar repetir mais tarde.) 

-Vou voltar aqui com certeza! Quem sabe da próxima eu consigo me exercitar também... não é verdade Mori-Sempai, e pra onde estamos indo agora? 


Kize fica esperando a resposta enquanto analisava melhor a garota.

*Naquele momento, algumas coisas passaram pela mente de Akira, enquanto ele punha as coisas às claras para a garota a sua frente. Ele se lembrava de um ensinamento que tivera a respeito da “Intenção de combate” ou “Tekki” como era conhecido entre os lutadores.

A Intenção de Combate é a presença de um lutador, sua emanação chiônica e postura que ficam aparentes quando o lutador está concentrado ou focado em um combate. Isto manda uma espécie de sinal ao outro lutador, que quando este o capta, sente a presença de espírito e a determinação de seu oponente e com isso, pode avaliar sua força. Na maioria dos casos, o “Tekki” é usado para intimidar o oponente antes do início do combate, assim como o kiai é usado para dar mais força ao golpe no momento em que ele é desferido. Porém, isto pode causar efeitos diversos, como o lutador não poder se concentrar em qualquer tarefa sem mostrar sua “Tekki”. Porém, com alguns anos de treino, estes lutadores aprendem a suprimir sua “Tekki” e não manifestá-la a qualquer momento.

Mas isso pouco importava agora, pois Akira fizera algo que era praticamente impensável na situação em que o mesmo se encontrava: Ele havia encarado os olhos de Mei Ling.

Aquelas orbes avermelhadas que Mei Ling ostentava se fixaram nas dele e fizeram Akira ter uma série de reações. O tempo pareceu parar para o rapaz chinês.

Ele não conseguia respirar e mal tinha controle de seus movimentos. Era como se sua voz estivesse saindo por conta própria. Ele sentiu seu corpo se curvar para baixo e seus joelhos cederam quando ele terminou a última frase, se oferecendo para fazer o jantar. Quando finalmente conseguiu terminar de falar, sua garganta secou e dela, ele não conseguiu emitir som.

E então, Mei Ling se levantou e se aproximou de Akira. Ela já não mostrava a mesma calma de outrora. O corpo do rapaz chinês começou a ficar pesado e ele ainda sentia grande dificuldade em respirar. Suas costas estavam vergadas, como se ele sentisse um enorme peso. Mas seus olhos estavam fixos nos dela. Ela chegou próxima dele e após um suspiro curto e impaciente, começou a falar:*

- Suponho que já tenha dito tudo que veio falar. Agora eu vou lhe dizer algumas coisas. Primeiramente, se o órgão regulamentador das lutas veio pessoalmente evacuar a escola e buscar Kasuga, você, como aluno, tinha o dever de obedecer e não tentar investigar coisa alguma. Se pretendia evitar contato, era melhor nem ter tentado conhecê-lo, não acha?

Sinceramente senhor Loong, pouco me importa o que pensa sobre minha pessoa. Mas se viu os juízes me obedecendo e os conduzindo para fora da escola, por que apenas não seguiu seu caminho? Quanto as suas obrigações, elas dizem respeito somente a você e eu acredito que é mais interessante que fique em condições de agir para quando tiver que cumpri-las.

E por fim, eu mencionei que a Tsuki é uma escola que ensina artes marciais. Todos os professores são aptos para acompanhar seus treinos e lhe dizer o que está fazendo de certo ou de errado. Lee Na está sob minha jurisdição e como tal, não vou deslocá-la para cuidar de um garoto que não sabe seguir simples instruções.

*Ela fez uma pausa. E seu olhar severo recaía sobre ele, fazendo com que Akira não conseguisse se mover. Ele sentia, pela primeira vez, o medo real de MORRER. Sentia que podia ser morto naquela sala, apenas se aquela garota chinesa decidisse fazê-lo. Sua vontade era gritar de pavor, mas sua voz não saía. Ela então voltou a falar:*

- Meu trabalho é cuidar dos estudantes da academia e como tal, eu me informo acerca deles. Apenas isto. Estou decepcionada com você, Akira Siu Loong. Eu estou tentando mantê-lo a salvo, visto que sei os problemas pelos quais está passando. Mas isto não justifica o que fez. Agora eu preciso aplicar uma punição pela sua desobediência.

* A garganta de Akira doía de tão seca, mas ele sentia o pavor de avolumar em seu peito. Era um medo abissal, como se algo sobrenatural se arrastasse e o engolisse. Seu desespero aumentava, a punição seria a morte, ele tinha certeza.

Mei Ling continuava o encarando. E por mais que ela estivesse olhando para ele com um olhar simples,



Akira via olhos ameaçadores o encarando e devorando por dentro.



Ela prosseguiu o encarando, talvez por horas, ele não saberia dizer. E então, Akira sentiu. Seu corpo foi lançado para trás em uma convulsão desesperada e sua garganta se soltou, liberando um grito aterrorizado que exauriu suas forças.

Seu corpo inteiro tremia de terror e seus punhos estavam trêmulos e fracos. Ele não sentia seu chi circular em seu corpo. Ela o tinha bloqueado. Com um olhar.

Akira sentiu seu corpo desabar no chão. Já não era mais dono de seus movimentos. Sentiu-se ser carregado para algum lugar, mas seus olhos viam o borrão. Quando finalmente conseguiu sentir-se mais seguro e enxergar, notou que estava deitado em seu futon, no alojamento que residia atualmente. Suas mãos ainda tremiam, assim como sua respiração era difícil ainda. Mas ele estava consciente. E exausto. Fosse o que fosse aquela punição, tinha sido sério.*




Warui não pareceu alterado quando sentiu o chá quente se derramar sobre ele e a bandeja virar e derrubar todos os biscoitos no chão. Apenas esperou o acesso de raiva de Seija passasse e então respondeu:

- Sua agenda diz que a Ojou-sama lancha por volta de sete e quinze, e logo após o lanche toma um banho quente, então tomei a liberdade de deixá-lo preparado. E em sua agenda consta que freqüentemente a Ojou-sama vai a shoppings abastecer seu guarda roupa, após o banho. Por esta razão lhe perguntei o que desejaria vestir. Mas farei o que deseja, Ojou-sama. Desculpe por minha ineficácia.

*E assim que a chinesa de olhos díspares saiu de seu banho, seu roupão estava impecavelmente estendido para que ela se secasse. As pantufas tinham sido estrategicamente colocadas para aquecer seus pés quando ela saísse dos tapetes fofos do banheiro. E na cama, passado e estendido, pronto para ser vestido, o pijama de seda azul com estampa de pavão. A todas essas Warui aguardava do lado de fora do quarto, de costas, esperando que ela se vestisse. E quando ela o fez, trouxe os biscoitos e o chá quente para ela, deixando-os na cabeceira. E assim que completou a última ordem, se postou ao lado da cama, para o caso de Seija precisar de algo a mais. Realmente, ele era irritantemente eficiente.*




*Himiko pareceu sem jeito quando Kakeru, Kise e Aya a cercaram. Ela sorriu sem graça com os elogios de Kise e de Jin e riu quando a pequena Aya se retirou saltando os corpos caídos no solo. Ela pegou o wok que Kakeru lhe entregava enquanto respondia as dúvidas de Kise e Aya que voltava:*

- Bem, eu pratico Kung Fu desde criança, então acho que aprendi os movimentos treinando mesmo. Depois de um tempo, acaba ficando meio automático, sabe? *Ela completou com um sorriso sem graça, mas encantador. E voltando-se para Aya, concluiu:* E sim, você pode pagar ali no caixa, é aquele moço de amarelo ali, está vendo? *A garçonete indicou, apontando a direção que a menina deveria seguir para acertar sua conta.* - E voltem quando quiserem, são muito bem vindos aqui. *Ela disse, com um sorriso. Foi quando Kakeru se adiantou e falou com ela. Himiko então, se voltou para ele e respondeu ao rapaz de forma sincera:*

- Escute, aqueles são arruaceiros, mas são mais fortes que vocês. Se eu me expor, tenho testemunhas que eles começaram a briga, então não precisa se preocupar. Obrigada por sua atenção e por seus préstimos, mas eu apenas queria que... *Ela pareceu desconcertada e concluiu:* Vocês pudessem comer e conversar em paz. Bem, tomem cuidado. Estes arruaceiros estão por toda a parte, mas acho que sabem se cuidar não?

*O mesmo sorriso doce permanecia em sua face, ela parecia contente que os garotos estavam bem. Agora restava pagar e sair. Ou talvez saber mais sobre a tão gentil e forte garçonete.

Mas quem estava realmente animado era Jin. O celular de Morisato Kakeru tinha, além de muitas fotos, alguns arquivos gravados em forma de vídeos. Eram três e todos de conversas. Kakeru não conseguia filmar os rostos, mas as vozes eram claras nos três vídeos. Talvez fosse mais seguro verificar em casa qual o conteúdo daquelas gravações, pois numa delas, Jin reconheceu a voz do juiz que estava responsável pelo batismo de sangue, Mr. Dédalus.


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Grandinho o post né? Deu trabalhinho, mas continuem postando. Ordem de postagem, a mesma. Que é...

Akira
Seija
Kakeru
Jin
Kise
Aya


Vão postando, por que como diria um certo humorista: Joguemos Kanjis Forévis!

-.-  "Fuck you, está tudo perfeito"

Seija dispensa Wariu um gesto da mão e vai dormir.

kakeru andava lentamente pela calçada,Aya saltitava a sua volta satisfeita,quando kise perguntou-lhe para onde iria:

 - Sair deste lugar. toda esta confusão deve ter chamado a atenção de alguém, ou de alguns juízes,como ainda não nos vinculamos a escola alguma, não é prudente nos envolvermos em embates - ele fez uma pausa diminuindo as passadas deixando kise e aya á sua frente:  o batismo de sangue acabou, mas ainda temos muito o que fazer, e uma destas coisas é evitar ciladas como a que ocorreu agora a pouco. sou um figura bastante conhecida e odiada,com certeza eles virão atrás de mim e de quem estiver comigo,mesmo com tudo que aquela anã disse,ela não pode proteger os alunos no caso de um desafio formal.
eu ainda não entendo o que aqueles dois estão tramando,mas muita coisa saiu do controle de dois anos pra cá....
o negócio agora... - ele enfim ergueu a cabeça encarando os dois - será andarmos juntos, mesmo que eu não queira envolvê-los.
Este massacre,eu fui responsável indireto por ele, e gostaria de acabar com isso sozinho...mas não tenho força para tal...tentar sozinho foi um erro, e acabei envolvendo mais gente nisso.eu sempre sonhei e usar estes meus punhos para proteger,mas tudo o que consegui...

...foi complicar ainda mais tudo o que tentei concertar.eu estava disposto até mesmo a enfrentara queles delinquentes sozinhos para vcs irem embora...mas isso também seria uma afronta grave a honra de lutadores de vocês...por isso, gostaria também de me desculpar.

De tanto procurar o Bad Boy encontrou algo, e por ironia do destino era algo de alguém que não confiava, o garoto que dizia não saber brigar continha informações valiosas que atraia a atenção de alguns, por isso essa conversa caliente com esse grupo de Punks, por isso alguns já conhecia ele, e seja lá o que poderia vir após disso, com essa gente toda agindo dessa forma e a voz que identificou era alguém de alto escalão, sendo assim iria tentar lucrar algo com isso e lucrar muito contudo isso.
 
Agindo rápido Jin passa todo o material para o próprio celular, duplicando as informações e fornecendo mais chances de ver tudo aquilo, tudo que fosse possível, depois de passar o que fosse possível iria desligar o cel do Mori-san, iria realmente fazer suas necessidades, e só depois disso iria sair dali, olhando para todos e vendo quem ainda estava por ali, se ainda tinha seus companheiros e se tinha a gata do kung fu so iria parar de andar nesses casos, se ainda tinha inimigos, após isso iria caminhar ate a saída, o caminho era sua residência, sempre atento e em alerta.



“hum... que bacana isso tudo... e pensar que é apenas o primeiro dia”

Kise começou a sentir o cansaço acumulado ao longo do dia, querendo ou não aquele havia sido um dia movimentado. O garoto estava feliz por ter conhecido tantas pessoas interessantes, fossem aliadas ou inimigas. 

Sentiu um arrepio na nuca. 

"Esse vai ser um ano interessante."

Cansado e de barriga cheia, poucas combinações resultam em uma noite de sono tão boa quanto essa que ele previa.

-Eu pessoal, acho que vou indo para casa, se eu demorar muito meu avô vai me fazer botar o lixo pra fora com um hachi só a semana inteira. Foi um prazer conhece-los, nos vemos na escola certo?


Ele falou enquanto se dirigia ao balcão para acertar sua parte na conta e seguir o caminho de casa. 

 
 
 

Citação :

Então...! Atrasada e com post de baixa qualidade, feito no serviço, por isso, sem imagens!! Coisas que só uma batida de carro fazem por você ¬¬
 
O que aconteceu: aqui no sul existe uma serra maligna, malévola e do mal que liga Santa Catarina (onde eu estou) à Curitiba (onde meu namorado mora). E lá estava dona Liu, subindo feliz e contente a serra, quando de repente, NÃO MAIS QUE DE REPENTE, o carro perde a traseira e sai da curva! \o/
 
Depois do carro saracotear em zigue-zague na curva, eu consegui parar o bicho de uma forma meio drástica; mirando na mureta de contorno da pista. -.-“
 
Antes bater de frente do que de lado; batidas de lado capotam carros, e não é legal capotar numa serra, não é não.
 
Daí, leva o carro pro acostamento, chama guincho, aciona seguro... ¬¬ E eu levei a semana toda para resolver as coisas com seguro/oficina. Graças a deus eu tenho seguro, pois, apesar da batida ter sido leve, e aparentemente sem danos, A-CA-BO-U meu carro por dentro.
 
Antes que alguém venha me dar bronca, eu não estava correndo. u.u Tipo... meu carro é 1.0, tinha 3 pessoas dentro, o ar estava ligado e nós estávamos subindo uma serra. Não dava para correr, mecanicamente falando... Mas sim, estava chovendo. Era aquela garoazinha fina e nojenta, mas o chão estava molhado.
 
No fim das contas, ninguém se machucou, estamos todos bem e, inclusive, eu estou indo para Curitiba de novo hoje.
 
Nossa... minha explicação foi mais longa que o post... que vergonha. o.õ Bom, bom final de semana a todos!! \o/

*O grupo então, saiu do restaurante, indo em direção aos seus compromissos. Kise se lembrou de seu avô e começou a se apressar, ao mesmo tempo em que Aya se queixava para Morisato Kakeru. Que, como era o mais experiente de todos ali, cogitou a idéia de que todos fossem juntos até as casas de Kise, Aya e Jin. Assim, dificultaria uma nova investida dos Punks e lhes daria chance de solicitar um duelo nas regras da Dédalus.

Quando a linha de raciocínio de Kakeru acabou, lá estava Jin que viu os outros e rapidamente se juntou a eles. Já tinha usado o banheiro e copiado o que precisava, bem como desligado o celular de Kakeru. Assim, viu que podia sair sem problemas, pois os punks tinham saído ou sido tirados, e a “menina Kung fu” tinha voltado a suas atividades de garçonete. Ela exibia um sorriso sem graça na face para os demais clientes, que a admiravam e batiam palmas para a mesma quando ela se apresentava nas mesas. Com todos reunidos novamente, agora às portas do Ai-Ya, era só decidirem como e aonde ir.*

[ Centro da Cidade ]

*Seija acordou sobressaltada sentindo algo gélido em seu rosto. Quando a mesma abriu os olhos, se assustou: Warui estava ajustando suas cobertas. As mãos dele roçaram-se à face da chinesa e ela sentiu como se pedras de gelo a tivessem tocado. A garota sentia frio, a ponto de ver sua respiração se condensar diante dela, mas ao dar um rápido olhar de soslaio para a janela, viu que a mesma estava fechada. Quando Warui terminou de ajustar as cobertas, alheio a consciência de Seija, ele se afastou dela e subitamente a temperatura voltou a subir, como se o garoto levasse embora o frio com ele. Subitamente desperta, a garota começou a se perguntar quem realmente era Warui

~X~X~X~X~X~X~X~X~

Enquanto isso, Akira acordou novamente. Ele ainda suava, mesmo depois de meditar. Suas mãos, trêmulas quando ele havia se deitado, agora se entregavam a uma sensação de dormência, como se ele as tivesse deixado imersas em gelo. E de sua mente, aqueles olhos tão perturbadores não saíam, pareciam que tinham feito casa em seus pensamentos e ele seria incapaz de esquecê-los, passasse o tempo que passasse.

Após tentar sem êxito se acalmar, Akira se levantou, em busca para tomar um copo de água, quando sentiu algo estranho. Como que uma presença, algo ali.

E ao se voltar, notou uma figura em pé em sua janela, olhando para ele e sorrindo. Era um homem, alto, de longos cabelos negros. Sua pele, de um leve moreno, quase pardo, não exibia rugas, o que mostrava que era um jovem adulto. E apesar de ser noite, o mesmo usava óculos escuros. Ele mediu o jovem chinês de cima a baixo e seu sorriso se alargou. Em ato contínuo ao seu sorriso, ele adentrou pelo quarto de Akira e então disse:*

- Boa noite. Akira, certo? Eu sou Shirogane Fukumaru. Será que eu poderia trocar uma palavrinha com você, ou duas?



*O homem sorria, ainda olhando para Akira por cima das lentes de seus óculos. Restava ao chinês decidir o que fazer com sua nova “visita”. Quem era? O que pretendia? Talvez o garoto não gostasse de saber, mas deveria ele perguntar?


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Olá e lá vamos nós de novo. Com mais um post do seu, do meu, do nosso KANJI! Bem, aí está. Vamos ver o que dá.

Ordem de postagem da semana:

Kakeru
Jin
Kise
Aya
Seija
Akira

E como diria um certo herói oxigenado e anabolizado “Até a próxima, pessoal!”

Kise tinha uma expressão pensativa estampada no rosto... 

-Até que o que o Jin-kun falou faz bastante sentido... A não ser que alguma das casas seja muito longe acho que poderíamos ser cavalheiros e deixar a Aya-chan primeiro. E não acho que agente consiga convencer o Jin a vir com a agente...

- Eu moro perto de uma estação do metro então realmente não faz muita diferença pra mim.

O garoto suspira e coça a cabeça.


-Eu não imaginava que essa vida escolar ia ser tão trabalhos, pra não falar cansativa. Isso é sempre assim? Kakeru-sempai? Pelo que eu vi essa nova escola também deve ser cheia de gente muito forte. Acho que vou começar a treinar mais como o vovô sempre manda.

Ansioso pelo dia de amanha a imaginação do garoto começa a viajar imaginando lutas incríveis com hadukens e kamehamehas se distraindo um pouco da conversa do grupo

- sim pensei em desistir. -
ele respondeu com um semblante mais serio e frio de certa maneira como se um sentimento negativo tomasse seu espírito momentaneamente. - este mundo atual de artes marciais me causa revolta, o nosso ying yang é dourado e preto. 

onde está a pureza espiritual alcançada com a evolução de nossas técnicas? tudo o que vejo é mundo deturpado, onde o mais forte subjulga o mais fraco por prazer?Depois daqueles dias em que perdi todo aquele tempo em que poderia estar treinando e aprendendo,percebi que algo precisava ser feito. comecei por "não desistir" e depois "dar tempo ao tempo" e então, vou esmagá-los...se querem tanto as artes marciais pela força, eu vou mostrar-lhes a força!

Eu estava confuso, era um turbilhão de informações que se passava em minha mente, ao certo perdi algumas palavras que me foram ditas pelo "invasor amigo", estava rubro de vergonha ao saber que estava falando em meus sonhos e pelo que me recordo, sim ao fechar meus olhos vejo aqueles olhos vermelhos ameaçadores me sufocando, as frases não deveriam ter sido nada agradáveis.

_Desculpe por minha grosseira, gostaria de poder ter alguém para conversar um pouco, hoje foi um dia muito importante para mim, o dia de meu renascimento e esse novo mundo em que me encontro é algo realmente assustador. Acredito que sou capaz de suportar o que aconteceu, acho que como trabalha para a senhorita Mei Ling - meu corpo tremia de ouvir e pronunciar aquele nome- deve saber do ocorrido, tenho muito a agradece-la, ela me ensinou muito com o que fez e eu precisava daquilo. 

Olhei para baixo tomando folego, minha tensão no momento era grande.

-Você poderia me fazer dois favores? O primeiro é agradecer a ela pelo que fez, creio que ela vai entender. E o segundo é conhece tai chi? Caso positivo, me ajuda com uns exercícios para que eu consiga relaxar e evitar que ocorram fatos como aquele do meu sono? - eu estava com vergonha, medo, uma sensação de impotência , mas precisava de ajuda e nao exitaria em pedi-la.

"Ai MEU DEUS, Pappy querido?  HAAAA sabia que não iria aguentar muito tempo, logo iria quer ter sua querida e amadinha Seija devolta em sua gaiolinha de ouro e platina."

- Ahh, oi papa, é você. *fala com a voz desinteressada e da um bocejo casual* 
 
- Espero que esteja bem. *Ele disse isso sem emoção na voz* Pelo que fiquei sabendo, você será transferida de escola. Estou ligando para falar sobre esta escola. Não é uma escola digna de você, é uma instituição barata. Por mais que eu considere a Srta. Lee, não acho que aquela instituição faça jus ao nosso padrão.

 -Esse país não faz jus ao nosso padrão. É como andar em meio a macacos.

-Mas não vou tratar da sua transferência. Eu a mandei para o Japão para que evoluísse, portanto quero que o faça. Você vai buscar formas de se transferir para a I.T.A.I, que é um centro estudantil aceitável nesta ilha. Descubra formas de como fazê-lo. Warui vai acompanhá-la na escola e atendê-la no que for preciso. É só.
 
-Ha, molezinha papa. Mais alguma coisa que queira mandar como se eu fosse uma empregadinha qualquer? "e eu repassar diretamente pro Warui fazer hohoho"
Seija senta na cama prendendo o telefone com o ombro e olhando as pontas do cabelo entediosamente procurando pontas duplas. Fazendo a perfeita ceninha de quem está desinteressada.
-E quando Ping e Ling voltam? Warui funciona bem, mas ainda não é um Ping&Ling sabe, eu estou mais adaptada a eles. *boceja*
"Sério, esse cara me assusta! Quero meus seguranças de volta e LOGO!"